Grupo de trabalho: “Eles combinaram de nos matar e nós combinamos de não morrer”: possibilidades insurgentes das diásporas, por Rangel Fideles Ferreira Nascimento

A edição remota do VI Seminário Discente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais ocorrerá nos dias 7 e 8 de julho de 2021 e contará com a coordenação de Rangel Fideles Ferreira Nascimento, pesquisadore do Grupo de Pesquisa SexEnt, no GT “Eles combinaram de nos matar e nós combinamos de não morrer”: possibilidades insurgentes das diásporas. Também coordenarão o Grupo de Trabalho a pesquisadora Carolina Nascimento de Melo e Nayhara Almeida Souza, ambas são mestrandas do PPGS UFSCar. Abaixo é possível ler na íntegra a descrição do GT, mas acessando o link https://seminariodiscentesoc.wixsite.com/ppgsufmg é possível ter acesso a mais informações.

Com a preocupação de se pensar as diversas diásporas e suas formas insurgentes de narrativas de ser e estar no mundo, nesta proposta de Grupo de Trabalho (GT) almejamos reunir trabalhos em diversas linguagens e estágios de maturação que assumam como perspectiva central as formas de agência e processos de resistência como possibilidades de construção de novas subjetividades em meio às relações de gênero, raça, classe, sexualidade entre outros marcadores, articulados entre si. A frase que abre o título desta proposta é emprestada da importante escritora brasileira Conceição Evaristo. Autora de obras premiadas, ela nos inspira a focalizar nos diversos processos de resistência cultural, ao avesso daqueles historicamente considerados como autênticos. Aqui o tema escolhido decorre da leitura de produções que vêm há algum tempo problematizando os essencialismos que envolvem a produção de narrativas de ser o “outro”. A exemplo disso, o pensamento feminista negro, os estudos subalternos, os estudos culturais e teoria pós-colonial tem apontado para a ideia de que a colonialidade, enquanto estrutura de conhecimento e poder, permanece vigente em diversos contextos sociais. Percebemos, assim, as diversas expressões culturais, intelectualidades e saberes, e formas religiosas (ou espiritualistas) como possibilidades de sobrevivência, imersas em processos de disputas, legitimações e negociações com formações hegemônicas. Isso pode ser acompanhado nas inúmeras formas de insurgência relatadas nos últimos anos, sobretudo nas mídias digitais, onde é possível averiguar um constante sentimento de devir centrado em um contexto global de transformações sociais. Sendo assim, esperamos dialogar sobre as diferentes abordagens e linguagens no entrecruzamento das religiosidades, intelectualidades e culturas produzidas entre um passado estanque, um presente estabelecido e um futuro almejado.